Regime de caixa e regime de competência: entenda as diferenças Você sabe a diferença entre regime de caixa e regime de competência? Acompanhe este artigo e aprenda um pouco mais sobre eles!
A vida de um empresário é tão atribulada que muitas vezes ele acaba não conseguindo dar a atenção que gostaria para a gestão financeira do seu negócio.
No entanto, essa é uma das áreas mais cruciais para o bom andamento de qualquer empresa e uma avaliação bem-feita é a maneira pela qual o empreendedor pode melhorar o funcionamento, ajustar o caixa e até medir o próprio sucesso.
Dentro desse contexto, os relatórios são fundamentais para uma consciência completa da real situação do empreendimento.
E o administrador pode analisá-los sob dois prismas, cada um com suas especificidades: o regime de caixa e o regime de competência.
Por isso, é muito importante saber diferenciá-los.
Quer compreender um pouco melhor esses dois métodos? Então acompanhe este artigo e aprenda um pouco mais sobre eles! Confira.
Regime de caixa
O método de regime de caixa é considerado mais simples de ser implementado e, talvez por isso, é o mais comum de ser achado em nossas empresas.
Sua característica principal é levar em conta as receitas e gastos na data de seu recebimento ou de seu pagamento, não considerando o momento no qual elas foram efetivamente realizadas.
É por meio dele que se analisa o fluxo de caixa, por exemplo.
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Acessar materialEm linhas gerais, ele funciona da seguinte maneira: se o empreendimento paga um gasto em parcelas, ele será computado apenas no momento em que cada uma delas for realmente paga, a cada mês.
O mesmo vale para o recebimento em parcelas: as receitas só serão consideradas quando forem efetivamente recebidas, independentemente do momento em que a venda for concretizada.
É mais ou menos assim que funciona uma conta bancária, por exemplo.
Ele traz uma boa vantagem se pensarmos em termos de liquidez, pois só considera o dinheiro que a empresa realmente possui em caixa. Isso é importante para manter a capacidade de honrar os compromissos e reduz as chances de projeções erradas.
Regime de competência
Embora o regime de caixa seja mais fácil de se implementar, o regime de competência também é muito utilizado e possui boas vantagens.
Especialmente quando o empreendimento atinge um tamanho considerável e precisa gerar relatórios constantes da área financeira para parceiros, credores ou acionistas, essa estratégia pode ser muito positiva.
O regime de competência permite apurar o lucro ou indicadores semelhantes, trazendo uma real situação econômica do seu negócio.
O DRE, Demonstrativo de Resultados do Exercício, um dos relatórios de gestão mais importantes, é confeccionado pelo regime de competência.
Por meio dele é possível saber se houve lucro ou prejuízo em determinado período de tempo, bem como ter uma análise detalhada da parte econômica do seu negócio.
Em suma, o regime de competência considera os gastos no período de realização, não considerando nesse momento o recebimento efetivo de receitas ou pagamentos.
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Acessar materialHá uma confusão bem comum no regime de competência: achar que ele se refere à data de emissão de uma NF-e de compra, por exemplo.
Na maioria das vezes, isso pode até acontecer. Mas, nem sempre é verdade.
O regime de competência tem relação com o período que compete a compra ou a venda de um produto ou serviço, e não a emissão do seu documento.
Se você parcelar uma compra em 10 vezes, por exemplo, precisa fazer esse lançamento no mês correspondente ao que aquele gasto representa. A contabilidade define como regime de competência aquele no qual o registro ocorre na data do fato gerador.
Exemplos básicos de lançamentos
Exemplo 1
Digamos que gastamos R$ 200,00 com energia elétrica em janeiro, sendo que o pagamento será realizado em fevereiro.
Regime de caixa | |||||
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Janeiro | Fevereiro | Março | Abril | Maio | Junho |
R$ 200,00
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Regime de competência | |||||
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Janeiro | Fevereiro | Março | Abril | Maio | Junho |
R$ 200,00
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Exemplo 2
Supondo que um funcionário tem para receber R$ 1.200,00 de décimo terceiro, sendo que R$ 600,00 serão pagos em novembro e os outros R$ 600,00 em dezembro.
Regime de caixa | |||||
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Janeiro | Fevereiro | Março | Abril | Maio | Junho |
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Julho | Agosto | Setembro | Outubro | Novembro | Dezembro |
R$ 600,00
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R$ 600,00
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Regime de competência | |||||
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Janeiro | Fevereiro | Março | Abril | Maio | Junho |
R$ 100,00
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R$ 100,00
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R$ 100,00
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R$ 100,00
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R$ 100,00
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R$ 100,00
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Julho | Agosto | Setembro | Outubro | Novembro | Dezembro |
R$ 100,00
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R$ 100,00
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R$ 100,00
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R$ 100,00
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R$ 100,00
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R$ 100,00
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Gastos como assinaturas de jornais e revistas, férias, seguro, licenciamento e IPVA normalmente seguem este mesmo padrão.
Exemplo 3
No mês de março aconteceu um abastecimento do veículo no valor de R$ 155,00, que foi pago à vista no mesmo mês:
Regime de caixa | |||||
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Janeiro | Fevereiro | Março | Abril | Maio | Junho |
R$ 155,00
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Regime de competência | |||||
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Janeiro | Fevereiro | Março | Abril | Maio | Junho |
R$ 155,00
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As duas formas possuem vantagens e não é uma questão de escolha: cada uma servirá para dar uma visão diferente do negócio ao gestor.
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