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Quatro motivos para separar os gastos pessoais dos gastos da empresa Dificuldades em separar as finanças pessoais do caixa da empresa? Conheça quatro motivos pelos quais você deve separar estes gastos.
Quando pensamos em médias e grandes empresas, existe uma regra de boa condução dos negócios que diz que a contabilidade do empreendimento deve estar totalmente dissociada dos gastos pessoais de seus sócios. Para isso, ferramentas como o pró-labore são eficientes.
Entretanto, quando se trata de pequenas e microempresas, é extremamente comum que tais contabilidades se misturem, ficando difícil dissociar os gastos pessoais de seu proprietário dos gastos da empresa. Apesar de prática corriqueira, a mesma não se mostra salutar para os negócios, devendo ser evitada.
Não está convencido? Para ficar ainda mais claro, conheça quatro motivos pelos quais gastos pessoais e da empresa devem ser separados. Confira!
Motivo 1: Ter clareza quanto ao fluxo de caixa da empresa
Empresas lidam com múltiplas entradas e saídas de valores durante todo o mês, devendo ser estas rigidamente controladas para que se tenha uma visão correta de como anda o desempenho do empreendimento. Se os gastos pessoais dos proprietários se misturarem aos custos, representando saída de valores, levarão fatalmente a uma compreensão incorreta do fluxo da empresa, incorporando gastos que não lhe são pertinentes.
Motivo 2: Conhecer sua reserva de caixa
É comum que empresas reservem parte do seu rendimento para constituir um caixa, pensado em ser um apoio financeiro em momentos emergenciais, evitando que a empresa tenha de recorrer a instituições de crédito. Quando se pensa apenas nos gastos correntes de um negócio, tende-se a considerar que todo o valor excedente a este é lucro, e que este, por sua vez, deva ser destinado aos sócios.
Entretanto, ao proceder desta forma você cometerá erros de gestão, negligenciando sua reserva de caixa, deixando sua empresa vulnerável a movimentações do mercado e imprevistos de toda ordem. Além disso, uma reserva de caixa pode vir a ser decisiva no momento de se garantir investimentos. Abrir mão desta em função do saneamento de gastos pessoais é um erro.
Motivo 3: Necessidade de definição de seu pró-labore
Considerar que todo o rendimento obtido por sua empresa é parte de sua renda pessoal, costuma ser um erro comum em pequenos negócios. Deve-se ter em mente que parte daquele lucro obtido deverá ser reinvestido no próprio empreendimento, guardado para situações inesperadas ou utilizado em processos de expansão, por exemplo.
Sendo assim, a exemplo do que acontece com os demais funcionários, os sócios devem contar com uma remuneração preestabelecida, normalmente feita por meio do pró-labore, que deve ser condizente com a realidade do empreendimento e dos pares do mercado.
Além disso, é primordial saber gerenciar seu cotidiano com a renda recebida, resistindo à tentação de utilizar o caixa da empresa para saldar dívidas pessoais.
Motivo 4: Evitar problemas fiscais
Quando se confundem as finanças pessoais e a contabilidade da empresa, corre-se o risco de se calcular de maneira errônea os tributos devidos, tanto pela instituição quanto aqueles referentes a renda de seus sócios. O resultado de tais confusões pode ser problemas com a Receita, seja ela em qual âmbito for, trazendo consigo a possibilidade de sanções e punições, inclusive criminais.
O outro lado desta mesma moeda é que, em caso de processos de recuperação, credores podem requerer a descaracterização da responsabilidade jurídica, o que implicaria que os bens pessoais dos sócios da empresa serem considerados para efeito de pagamento de dívidas.
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O que todos estes motivos têm em comum é o fato de que, pela simples conduta de se confundir gastos pessoais com gastos da empresa, que a princípio parece inofensiva, e ignorar iniciativas como o estabelecimento do pró-labore, pode-se desencadear processos que levam a sérios problemas, capazes de comprometer a saúde dos negócios e a vida de seus sócios.
Já passou por problemas desse tipo? Tem dificuldades em separar as finanças pessoais da contabilidade da empresa? Comente e compartilhe suas impressões conosco!